quinta-feira, 19 de agosto de 2010

SOBRE O FESTIVAL TRINTA ANOS.

                                                         Como as vezes escreve o querido Marcos Martino: "...muitos vão torcer o nariz pro que vou falar...", após ter tido a honra de participar da comissão julgadora, que por sinal fez um belo trabalho com muita coerência nas notas, bem como ter acompanhado a edição de 2009, e acompanhando as materias relativas ao evento comemorativo das trinta edições a gente começa a divagar...
                                                       Primeiro leio o Marcos com uma tal "meaculpa", quando na verdade todo o mérito do evento é dele bem como as possíveis falhas, que TALVEZ não teriam ocorrido se a consciência da importancia do evento tive maior abrangência, o que não houve, ao analisar a conduta por exemplo dos evangélicos (aos quais nutro o maior e grandioso respeito, tendo inclusive parentes queridos que al i congregam), mais ao meu ver, neste episodio faltou ao Pastor ver a dimensão do evento, apenas pesquisando QUANTOS e quais as seletas cidades do Brasil que conseguem  manter  um evento cultural por tantas edições e ai veriam suas prioridades pastorais de outra forma, cultuando o ensinamento mais elementar do evangelho de Cristo que é o respeito ao proximo, contribuindo assim para maior êxito do evento.
                                                      Por outro lado, o festival, como evento mais antigo da cidade, é o maior responsável pela visibilidade do municipio, que até então chamou a atenção para o carnaval daqui e outras festividades que outrora se limitavam a frequentadores da região.
                                                      Falar da produção cultural da cidade é dolorido porque, comparando a participação da edição de 2009 com a deste ano (as duas que acompanhei até então), verifiquei que as musicas são pífias, chegando a causar surpresa o nivel das musicas locais de tão ruins e obvias, e responsabilizo parte disto ao fato de haver uma premiação para a musica da cidade, independetne da qualidade, quer dizer, a "menos ruim" leva, alimentando assim a inércia dos compositores locais em correr atrás de vôos mais elaborados, produzindo material com qualidade suficiente para concorrer pau a pau com quem aqui se inscrever, seja de qualquer parte do país que for, bem como de poder se inscrever onde bem entender e fazer bonito.
                                                   Marcos fala também de criar uma comissão para tratar do festival, o que entendo insuficiente, porque o que deve haver é um trabalho dos responsaveis pela cultura da cidade no sentido de se fazer um calendario cultural com as devidas aprovações orçamentarias e o proprio municipio criar as leis ou os convênios possíveis para realização.
                                                  Eu gostaria de sugerir ao Marcos o estudo de se fazer em Alvinópolis  um FESTIVAL DE INVERNO, agregando em dois finais de semana, mais a programação no meio (entre um final de semana e outro), a FESTA DA CHITA e o FESTIVAL, acrescentando á programação mostras diversas (livros, filmes etc.).
                                                 De qualquer forma, Alvinópolis em alguns aspectos esta se dissolvendo como muitos casarões da rua de cima (outro absurdo) e a forma de reverter isto é através da cultura que sempre eclodiu na cidade, que bem explorada leva renda e desenvolvimento ao municipio, haja vista o turismo no carnaval (onde o orkut é invadido pelos blocos alvinopolenses) o que poderia estar acontecendo também no festival, na festa da chita, padroeira etc, se houvesse direcionamento para este potencial turistico, mas é assunto pra uma  outra hora.
Abraços Gipanianos!.

domingo, 14 de março de 2010

Ouro de Tolo

Nós só vamos nos dar conta do peso e do valor das coisas quando estivermos navegando num navio abarrotado de ouro e, de repente, vier um aviso que é para abandonarmos a embarcação, pois o mesmo vai afundar!

Então você se vê lutando com um companheiro de viagem, por um pedaço de madeira, o único que restou solto neste navio, pois não há mais botes salva-vidas e coletes!

Você perde a luta e é obrigado a se jogar à própria sorte e ao mar, para ter a chance de ser resgatado com vida.

No meio desta confusão toda, com você à deriva em alto mar, surge aquele homem que lutou com você, remando em sua direção, sentado naquele pedaço de madeira tão disputado. Ele diz, mostrando uma enorme mochila nas costas:

- Olha, além de tomar a madeira de você, eu ainda achei esta mochila e, a enchi de ouro e comida, agora é só esperar socorro chegar! Você vai morrer de fome e frio, pois eu é que não vou colocar minha vida em risco, só pra ajudar um coitado como você e ter que ficar o resto da minha vida pobre, afinal, se eu deixar você subir aqui nesta madeira, o excesso de peso vai nos afundar!

Quando o Homem termina de falar, a madeira que ele está sentado se racha e ele, desesperado, se agarra ao pedaço que sobrou, já que o outro, o mar levou pra longe de seu alcance!

Assim, seu peso ficou demais para aquele pedaço de madeira e ele afundou com a mochila e tudo o mais!

Você fica ali sem poder fazer nada, pois o homem fez a escolha dele!
Escolheu levar as barras de ouro ao invés de levar uma vida, a sua vida!

Mas agora, para que você se dê conta do peso e do verdadeiro valor das coisas, você terá que sair vivo dessa!

Então eu faço uma pergunta?

- Quantas barras de ouro você me daria pra terminar a história da forma que vou descrever abaixo?

Logo depois do homem ter afundado com todo aquele ouro nas costas, a madeira na qual ele estava agarrado, se solta de suas mãos e submerge à sua frente, você sobe em cima dela e, depois de algumas horas, escuta o apito de outro navio que veio resgatar os sobreviventes, que no caso, é só você!

E aí, quantas barras de ouro você acha que vale um pedaço de madeira em alto mar?

Pergentino Júnior

Postado no Poética Colorida

terça-feira, 9 de março de 2010

TELEGRAMA DO JUVENAL!

O Juvenal tava desempregado há meses..
Com a resistência que só os brasileiros têm o Juvenal foi tentar mais um emprego em mais uma entrevista.
Ao chegar ao escritório, o entrevistador observou que o candidato tinha exatamente o perfil desejado, as virtudes ideais e lhe perguntou:
- Qual foi seu último salário?
- 'Salário mínimo', respondeu Juvenal.
- Pois se o Senhor for contratado, ganhará 10 mil dólares por mês!
- Jura?
- Que carro o Senhor tem?
- Na verdade, agora eu só tenho um carrinho pra vender pipoca na rua e um carrinho de mão!
- Pois se o senhor trabalhar conosco ganhará um Audi para você e uma BMW para sua esposa! Tudo zero!
- Jura?
- O senhor viaja muito para o exterior?
- O mais longe que fui foi pra Belo Horizonte, visitar uns parentes...
- Pois se o senhor trabalhar aqui viajará pelo menos 10 vezes por ano, para Londres, Paris, Roma, Mônaco, Nova Iorque, etc.
- Jura?
- E lhe digo mais.... O emprego é quase seu. Só não lhe confirmo agora porque tenho que falar com meu gerente. Mas é praticamente garantido. Se até amanhã (6ª feira) à meia-noite o senhor NÃO receber um telegrama nosso cancelando, pode vir trabalhar na segunda-feira com todas essas regalias que eu citei. Então já sabe: se NÃO receber telegrama cancelando até à meia-noite de amanhã, o emprego é seu!
Juvenal saiu do escritório radiante.
Agora era só esperar até a meia-noite da 6ª feira e rezar para que não aparecesse nenhum maldito telegrama.
Sexta-feira mais feliz não poderia haver.
E Juvenal reuniu a família e contou as boas novas.
Convocou o bairro todo para uma churrascada comemorativa à base de muita música.
Sexta de tarde já tinha um barril de chope aberto.
Às 9 horas da noite a festa fervia.
A banda tocava, o povo dançava, a bebida rolava solta.
Dez horas, e a mulher de Juvenal aflita, achava tudo um exagero..
A vizinha gostosa, interesseira, já se jogava pro lado do Juvenal.
E a banda tocava!
E o chope gelado rolava!
O povo dançava!
Onze horas, Juvenal já era o rei do bairro.
Gastara horrores para o bairro encher a pança.
Tudo por conta do primeiro salário.
E a mulher resignada, meio aflita, meio alegre, meio boba, meio assustada.
Às onze horas e cinqüenta e cinco minutos... Vira na esquina buzinando feito louco, um cara numa motoca amarela...
Era do Correio!
A festa parou!
A banda calou!
A tuba engasgou!
Um bêbado arrotou!
Uma velha peidou!
Um cachorro uivou!
Meu Deus, e agora? Quem pagaria a conta da festa?
- Coitado do Juvenal! Era a frase mais ouvida.
- Joguem água na churrasqueira!
O chope esquentou!
A mulher do Juvenal desmaiou!
A motoca parou!
O cara desceu e se dirigiu ao Juvenal:
- Senhor Juvenal Batista Romano Barbieri?
- Si, si, sim, so, so, sou eu...
A multidão não resistiu....
OOOOOHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!
E o cara da motoca:
- Telegrama para o senhor...
Juvenal não acreditava...
Pegou o telegrama, com os olhos cheios d'água, ergueu a cabeça e olhou para todos.
Silêncio total.
Não se ouvia sequer uma mosca!
Juvenal respirou fundo e abriu o envelope do telegrama tremendo, enquanto uma lágrima rolava, molhando o telegrama.
Olhou de novo para o povo e a consternação era geral.
Tirou o telegrama do envelope, abriu e começou a ler.
O povo em silêncio aguardava a notícia e se perguntava:
- E agora? Quem vai pagar essa festa toda?
Juvenal recomeçou a ler, levantou os olhos e olhou mais uma vez para o povo que o encarava...
Então, Juvenal abriu um largo sorriso, deu um berro triunfal e começou a gritar eufórico.
- Mamãe morreeeeuuu! -Mamãe morreeeeuuu!!!!